Passadas 7 horas, ainda de noite, e com o casco vestido, pois no avião estava fresco de mais, pisamos solo africano com o pé direito claro, como boas tugas que somos. Fomos para o aeroporto, era um bafo de calor e humidade impressionante, tivemos logo de nos livrar dos casacos de malha que usamos normalmente nas noites frescas de verão.
O aeroporto era uma sala em que tínhamos um senhor de bata branca, que pressupomos, que fosse um médico e que verificou todos os certificados internacionais de vacinação. Deu-nos um papelinho para preenchermos com alguns dados, inclusivamente com a identificação da razão pela qual viajávamos para Angola. Depois voltamos para uma outra fila que desta vez era para serem verificados os passaportes da malta, eis que um tipo do aeroporto teve uma brilhante ideia e resolveu criar 2 filas só para senhoras que nem chegávamos a ser metades dos homens.
Depois lá passamos para o único corredor que existia e vimos logo que estávamos no local de desembarque de bagagem. E agora vocês perguntam: “deram com o tapete certo à primeira?” CLARO, e não haviam painéis electrónicos a dizer qual era o tapete. E vocês voltam a perguntar “como conseguiram? Grande sorte” Não, não foi sorte foi mesmo inteligência, só havia um tapete!!!! Aí foi o 1º contacto com os mosquitos que não gostaram do ar condicionado que por acaso havia e pronto não se chegavam perto de nós.
Depois foi a hora de fazer passar as malas pelo detector, sem stress, imaginávamos que ao sair dali iríamos para uma sala, embora pudesse ser pequena, onde estariam os motoristas e taxistas com papeis à nossa espera, ENGANAMO-NOS, ao sair encontramos logo as pessoas com os papeis mas não estavam numa sala mas sim na rua, ou seja não há mais salas.
Fomos para o carro com o motorista, um hyunday, todo cagado de pó, os carros do estacionamentos todos batidos, riscados e até com buracos na carroçaria. Depois viemos para casa foi coisa para 20 minutos porque era domingo em dias de semana transforma-se em horas a fio na fila. Por onde passávamos eram só barracas que aqui se chamam de “musseques”, são umas barracas minúsculas feitas de blocos em cima de terra batida com extensão de kilometros ao longo do areal na praia.
A rua em frente à nossa casa tem uma piscina olímpica no alcatrão, rebentou uma conduta de água, mas ninguém faz nada para solucionar o problema. A casa vista de fora e comparada com a do lado (que está abandonada, mas mesmo assim andam lá umas pessoas) é uma verdadeira mansão: tem muro alto com gradeamento a imitar a madeira de modo que não se vê nada para dentro, temos sempre um segurança à porta, que trabalham por turnos.
A casa é de 1ª andar, foi reconstruída à pouco tempo e por isso ainda está como nova, apenas algumas paredes estão um pouco sujas das malas. A casa fica em frente à praia mas em que só existem barracas e que por isso não saímos de casa sem ser com o motorista, aliás o segurança antes de nós sairmos do portão vai ele ver 1º quem é que está lá fora.
A casa está mobilada com linhas direitas mas tudo tem o preço, desde os armários aos sofás e mesmo os candeeiros, a casa não é da empresa, é uma casa alugada, em que cada quarto custa cerca de 300 USD, temos o pequeno almoço incluído (leite, café, pão de forma que pode ser torrado, queijo, fiambre iogurtes da Danone mas uma versão que aí não existe), mas para já é o que temos.
A casa só tem 3 quartos, nós vamos partilhar o WC e o outro gajo que vive connosco tem uma só para ele, toda a casa tem Ar Condicionado que ajuda a afugentar os mosquitos e ajuda também a não estarmos sempre a transpirar.
Ainda não temos net em casa e por isso estamos a escrever à noite no Word para amanhã ser copiar e enviar.
3 comentários:
Ta bem..! tou a ver que vai ser uma experiencia fixe e que vão ter coisas para contar !!
Ponham fotografias !!! :P
Beijinhos
:D Fico contente de saber que está tudo bem!!! Continuem a postar as novidades!!!
Bejufas!!!
E dizem vocês q aí vão à frente anos luz. Clara
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