Ainda no aeroporto de Lisboa, já se juntavam muito africanos em grupos, todos se conheciam, claro que imaginamos logo que nos iriam fazer companhia durante as “divertidas” 7 horas de voo.
Quando chegamos ao aeroporto ainda em Lisboa, lá fomos nós pesar as “valises de carton” (malas de vigem para os mais finos). Com o peso +/- 20 Kg, fizemos o check-in perguntamos se teríamos de pagar taxa por alguns execessos de bagagem, eis quando a nossa boca se abriu assim que o senhor nos disse que ainda poderíamos levar mais coisas, pois o bilhete tem direito a 20 Kg e a TAP oferece a cada cliente 7 Kg de bagagem, ou seja, andamos horas e horas a pensar nos 20 Kg da bagagem e afinal poderíamos ter trazido mais coisas.
Assim que passamos as portas de embarque, começamo-nos a aperceber que estávamos a passar por imensas pessoas de cor, a sério, mas uma coisa incrível, resmas de paletes de cachos de pessoal. Mas como a nossa sorte sempre foi muita e ela sempre nos acompanha, a nossa porta (Gate para os mais finos) que era a 26 ficava mesmo no fim do corredor.
Lá chegamos e ficamos no compasso de espera até sermos das últimas a abandonar a sala, sim, porque haviam de ter visto, o pessoal a zarpar assim que abriram a porta, deviam pensar que perdiam o lugar no avion. TANSOS!!!!
Bem lá fomos nós de bus (autocarro para outros ou ainda camioneta ou carreira) para o D. João qualquer coisa, que era assim que o avion se chamava. No avião ficamos sentadas na fila 38 bem lá ao fundo para termos mesmo de ver quem viajava no avion, e claro lá fizemos a viagem JUNTINHAS. Ainda estávamos a subir, diga-se de passagem que subimos bem, e já as 7 horas prometiam, pois de repente, a tripulação começou a solicitar médicos ou profissionais de saúde, ou seja, houve alguém que achou que devia ser diferente e resolveu sentir-se mal, mas enfim nada que +/- umas 7 pessoas durante uma meia hora não resolvessem.
Já no ar, e desta feita já não estávamos a subir, serviram-nos os morfes. Era Porco assado com batata assada e fuzzili (para quem não tem dotes de cozinha era massa) com espargos - Azar nós não gostamos de espargos.
Claro que nos afiambramos logo ao porco, mas azar dos azares, o gajo disse: “LAMENTO MAS DE MOMENTO JÁ NÃO TEMOS PORCO, APENAS TENHO MASSA , QUE DESDE JÁ GARANTO QUE ESTÁ ÓPTIMA” bem , lá tivemos mesmo de comer a massa e deixar os espargos, de referir que a massa estava boa pena os espargos e a altura em que a serviram pois foi numa altura de alguma, embora ligeira, turbulência. Depois do jantar, e com o bucho não cheio mas composto, lá apagaram as luzitas e pensamos “agora é que vai ser dormir”….mais uma vez a sorte acompanhou-nos e claro ficamos mesmo debaixo de uma televisão que funcionou durante todo o voo, ou seja, com a claridade, embora com a manta a tapar a cabeça, não conseguimos dormir quase nada.
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